segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Nobreza

Imaginem um garoto... Sim somente um garoto vestindo uma camisa escura, calças jeans desbotadas e um par de tênis... Agora coloquem nele um casaco, um casaco feito de um tecido grosso, tingido pela cor intermediaria do preto e do branco, um cinza escuro. Imaginem um capuz do mesmo casaco cobrindo a parte de cima do seu rosto. Alguns fios de cabelo estavam a mostra, e seus olhos claros só eram vistos por pessoas mais baixas que ele, pois apenas elas conseguiam olha-lo de baixo para cima, o capuz não conseguia cobrir essa parte.
bem... Agora junto a ele imaginem milhares de pessoas, andando de um lado para o outro, pessoas comuns, que não causará nenhuma interferência em nossa historia. Atrás dessas pessoas está estabelecida uma construção, onde preza a venda e compra de produtos comestíveis.

Pois enfim... Aquele garoto que vocês acabaram de imaginar, sou eu.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Fita Negra

- Ahhhr! – Gritava um homem, ele tinha prendido sua mão entre duas rochas, ele parecia desesperado, tentando inutilmente tirar a mão de lá, gritando por socorro, no meio de milhões de pedras enormes... não havia ninguém.
Mas sim... essa não é a minhas historia, eu estava muito distante dali. Permanecia deitado em uma rede azul, minhas pálpebras ameaçando se fechar, e aquele mesmo homem estava agora aparecendo em uma televisão, que rodava um filme. Um filme que eu não tinha conhecimento do nome.
- Eei?
Levantei com um pulo!
- Oi!
- Tava dormindo!
- Não não – Menti ainda atordoado. Ela riu.
- Minha mãe foi fazer pipoca pra gente.
- Pipoca... massa – Ainda estava tentando acordar.
Me levantei, sentando na rede e olhando para a televisão , onde o filme tinha parado.
- Já Já tenho que ir pra casa – disse eu.
- Ta ficando tarde né?
- São 10 prás 6 já!
- Já!?
- Uhum – assenti. Por fim, depois de muito esforço consegui levantar da rede, me joguei no chão ao seu lado e fiz com que os meu dedos se entrelaçarem nos dela. Ela sorriu.
- Ah! – disse ela como se tivesse se lembrado de algo – Tenho uma coisa pra você.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Contraposto



As vezes a vida te embosca contrapondo-o.


A pior das emboscadas.


Sono

Não sabia, minha mente estava um tanto embaralhada. E isso é normal ás quatro horas da manha., quando você acorda de bruços, jogado em cima de algumas flores no meu quintal. Meus olhos piscaram procurando luz, porém ela não escutava minhas suplicas.
Me levantei, levando metade das pequenas folhas comigo, passando um olho ao redor.
Já era a terceira vez que isso acontecia, e as minhas suspeitas não tinham cura.
Tinha medo de machucara alguém.
- Maldito sonambulismo – Disse sem produzir som algum.
Começando a cambalear, uma tentativa em vão de andar, encontrei uma pequena saliência aos meus pés, provavelmente em frente das portas de minha casa.
Me abaixei tocando o que tinha topado.
Fui passando a mão pelo seu corpo, até chegar em sei rosto, e reconhecendo-o somente através do tato, percebi que era uma mulher, porém não respirava.
- Um sonho – Pensei alto - Tem que ser - Minha voz soava desesperada.
Me levantei novamente, e me dispus a entrar em casa.
- Bianca! – Gritei ao entrar.
- Bianca...! – Novamente esperando por uma resposta.
Já estava subindo as escadas em direção ao nosso quarto.
Parei.
Olhei para as minhas mãos e um liquido vermelho e viscoso, porém já seco repousava de um jeito aterrador em minhas mãos.
- Bianca? – Perguntei já desistindo.

E dessa vez, como todas as outras foi o silencio do qual me respondeu.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Seguindo um Anjo

Até o mais puro ser possuí o grau mais elevado de impureza.
Até mesmo os Anjos podem cair.
Como Fadas caídas.

Se até os Anjos caem, porque nós não podemos?
Digo.. porque quando caímos somos julgados?
Porque temos o dever de seguir tudo de acordo com o que dizem?
Porque diferenciamos o bem do mal? Se é tudo uma mesma coisa?


Tudo um mesmo maldito sentimento, do qual devemos pousar, do qual devemos escolher.

Assim como os Anjos e as Fadas, porque não podemos escolher quando cair?

Porque cada vez que nos tornamos maiores desejamos mais.
Somos ingratos com o que nos é regalado.

Porque?

Porque somos Homens.
Porque somos mulheres.
Porque somos imperfeitos, assim como os Anjos e Fadas.


E porque eles estão em itálico?


Porque são menos escoria que nós Homens.
A imperfeição reina em cada um, mesmo sendo Anjo, mesmo sendo Fada, e até mesmo sendo Os Deuses.

Se até os Deuses são imperfeitos, o que seria perfeito?

Perfeito seria aquele nosso objetivo do qual jamais lograremos cumprir.
Apenas.

Mas... assim como os Anjos e as Fadas, porque não podemos escolher quando cair? ou quando levantar?


Podemos.
Porém a dor de cair é tamanha, que preferimos culpar outros.
E a dor de levantar é tamanha que preferimos que outros nos levantem.

E os Anjos e as Fadas, não fazem isso?


Como já disse, eles são menos escoria que nós.

E porque Deus é imperfeito?


Porque nós fomos um erro.

A vida não é um conto de fadas, nem uma estória de Anjos.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

The Messenger - Linkin Park

When you feel you're alone

Cut off from this cruel world
Your instincts telling you to run
Listen to your heart
Those angel voices
They'll sing to you / they'll be your guide back home

When life leaves us blind
Love keeps us kind
It keeps us kind

When you've suffered enough
And your spirit is breaking
You're growing desperate from the fight
Remember you're loved and you always will be
This melody will bring you right back home

When life leaves us blind
Love keeps us kind
When life leaves us blind
Love keeps us kind
It keeps us kind

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Desconfiança

No mais, eu sou um alguém que confia muito nos outros;
Talvez um imbecil que não tenha o discernimento suficiente para saber quais estão contigo, e quais não;
Mas me desculpe.......... Esse sou eu......
.................

Na verdade.... Esse era eu.

Aprendi a pensar diferente....

Há pessoas que realmente não merecem o seu sorriso;
E para isso...


Existem sorrisos falsos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amizade inefável

A maioria dos sentimentos, que nós seres humanos sentimos, não podem ser transformados em palavras, sentimentos que só podem ser entendidos, com a alma, com os olhos.
E que nunca poderão ser explicados.
Estou escrevendo, porque por mais que o faço mais consigo entender eles, e porque realmente preciso explicar isso pra alguém. Explicar para duas pessoas, que fazem uma diferença imensa em minha vida.
Digo.. Sim, São duas pessoas.
As duas me trazem uma felicidade inefável.
A minha amiga...
E o meu amor.

Engraçado... As duas são a mesma pessoa.

A pessoas que mais amo.
A pessoas da qual eu mais me importo.

Obrigado Brenda Guerra Passos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Linhas

Pegue uma linha;
Enrrole-a em seu dedo;
E puxe vendo-a se partir.

Pegue várias linhas;
Enrrole-as em seu dedo;
E puxe vendo-as partir;
Elas se partem?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Certas Palavras

Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar.
Estritamente reservadas para companheiros de confiança, deve ser sacralmente pronunciadas em um tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança.
Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, actos de viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos.
E tudo é proibido.
Então, falamos.

Carlos Drummond de Andrade.

Lua

Porque quando a lua se põe eles falam que o sol nasce, e quando a lua nasce o sol se põe?

sábado, 22 de outubro de 2011

Frio

Eu queria pedir para que me peças o casaco toda vez que o frio entrar em vossa alma.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

España

Saber que ao final de todo dia a noite virá ainda mais fria.
Porém saber que quando ela vier haverá com o que se esquentar.

Forçar aos olhos se abrirem a cada despertar.
Porém com os mesmos ver as luzes fascinantes ao anoitecer.

Levantar da cama tremendo e procurando desesperadamente pelas cobertas.
Sabendo que elas estão la esperando em algum lugar.

Caminhar à cozinha cambaleando.
Porém sabendo que é por uma chícara de chocolate quente.

Viver o frio.
Sabendo que o calor virá.



Sorrir vendo as estrelas.
Sabendo que o sol irá nascer ao amanhecer da España.

Por mais que gritemos, e que nossos corações se partam, dores serão sempre dores e isso ninguém poderá transformar.


Brenda G.

Escolher

Preciso aprender a escolher...
Preciso saber lidar com escolhas, por mais difíceis que elas sejam...
Sim, eu sou consumido por essa maldita necessidade.

Não quero mais escolher errado.

Pois as escolhas são a nossa vida.
A nossa vida é composta por milhares de escolhas de todos os tipos.
Se eu erro nas escolhas eu erro na vida.

Mas eu não vou mais escolher errado..
Não, eu não vou.

Vou analisar cada uma, como se fosse a ultima.
Como se fosse única.


Eu garanto.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Brechas

As vezes nos despistamos e contra a nossa vontade escondida olhamos no rosto das pessoas, procurando por um abrigo que sabemos que não ganharemos...

Um abrigo imaginário.
Com isso abrimos brechas.

Algumas que não eram para serem abertas, e outras que fechadas não nos ensinarão nada.
Mas mesmo assim são brechas...

As mesmas brechas de sempre.

As que não podem ser tapadas.

Aqueles erros icorrigíveis.

Me desculpem, mas eu as taparei... As brechas.

Eu corrigirei... Os erros.

Sim, eu aprendi a dar valor ao que tenho.
Não sou idiota por causa disso...

Eu aprendi com meu erro...
A dar o valor que se merece a cada ente.

O valor que você já conhece.

O valor que ja foi te dado.

O valor que te darei sempre.

Pois foi isso que aprendi.

Pois é assim que tem que ser...

Pois você é mais importante do que qualquer um.

E eu lhe digo agora...

Não errarei mais uma vez

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

The Last Song.

A ultima música.
Ecoava em minha mente.
A última música.
Que me trouxe de volta.

A última música.
Corria pelas minhas veias,
Estava em meu sangue.
A última música.
Que me traz você.


A última música.
Não ecoa apenas em minha mente.
Ela escorre pelo meu rosto em forma de lágrimas.
A última música.
Aquela que me fez partir.

A última música.
Meus dedos correm pelas cordas,
com a mesma intensidade que minhas lágrimas escorrem.
A última música.
Sim a última.

A última música.
Que me faz lembrar você.
A última música.
Que percorre meu corpo.
A última música.

A última que dediquei a você.

Corvos


Bilhares de pontos negros sobrevoando os mais altos dos arranha-céus;
Bilhares de manchas negras ridicularizando o branco gélido das nuvens;
Bilhares de olhos vermelhos nos espreitando dentre a neblina;
Sim... Esses são eles.

Míseros pássaros sem identidade;
Asas negras abertas em clemência à imensidão do universo;
Como se estivessem pedindo uma reverência;
Esses são eles, os corvos.

Pássaros doentios;
Pássaros que buscam sorrateiramente pela vida;
Absorvendo o ódio do que o fustiga;
Porém levantando a asa do leviano;

Esses são os corvos;
Esses são os seres que nos trás tanto desconforto;
Do qual não damos a mínima;
Mesmo sabendo, que ele está lá em cima;
E seus olhos cor fogo nos observando;
Como a marionetes.

Sim... esses são os corvos;
Me desculpem mas sim... esse sou eu.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Lua


A lua estampada no céu negro iluminava levemente as águas escuras e calorosas da piscina. Eu a abraçava pela cintura, e carregava duas toalhas ao meu ombro, para que nos enxugássemos após o banho. Aos poucos fomos entrando naquela água fria, fria como a noite que se sobressaia sobre nós encantada, e nos acostumando lentamente com aquele novo ambiente. Talvez um dos melhores dias da minha vida... talvez o melhor...


As árvores cobertas por sombras escuras nos espreitando e sorrindo com o nosso trocar de olhares;

As nuvens navegando contra as correntes de ar, procurando o nosso singelo entrelaçar de mãos.

Sorri olhando para seus olhos. Aqueles olhos que tanto me acolhiam.
Como se fosse um lar, caloroso e seco, ao meio de uma tempestade de neve irritadiça e úmida.

Aquele dia se via um de tamanha importância para mim.
Não apenas porque era o nosso aniversário.
Mas também porque era o Dela.

Sim... o Dela.

Seus braços, ao meio da água transparente, se puseram nos meus ombros me puxando para perto.
Estendi os meus e a abracei pela cintura, e ao lado do frio senti o calor, como se estivesse querendo me proteger, me abrigar.

Sorri apertando mais o abraço.
Dizendo sem palavra alguma que a queria por perto... para não menos do que o sempre.

As águas frias se formavam em ondas suaves no roçar de almas;

Daquelas duas que ali repousavam entrelaçadas.

Como se fossem uma única.

Uma única alma se banhava nas águas escuras;

Onde a lua iluminava;

E as árvores assombravam.


Abri os lábios mais uma vez, e um sorriso se formou sem ser visto por ninguém.

domingo, 2 de outubro de 2011

Felicidade

Pois a Felicidade é percebida em momentos simples e inefáveis como este.

Despiedosamente

Não importa o quão bela for a ação se ao final lágrimas forem despiedosamente largadas ao vento.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Acordar

Andando em círculos;
Enquanto se Grita em silêncio;
Sim... Círculos em silêncio. EM CÍRCULOS DESGRAÇADO!!
Enquanto durmo;
Enquanto sonho;
Aposto que você não consegue me ver sorrindo;
Sorrindo;   
Naquele pesadelo, que tanto desejas;
Enquanto o sol nasce;
Enquanto o sol se põe;
Tudo o que posso fazer agora, é abrir os olhos;
É acordar;
   Eu desejo acordar;
De vez;
PORRA!
Sem a desconfiança de ainda continuar dormindo;     
Aonde quer que você vá; Foda-se
Eu espero que você me veja, naquele pesadelo mais uma vez;
Naquele pesadelo do qual criastes;

Espero que me vejas sorrindo nele.                     

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Remorso


- Irmão, Quando os anjos nos tomam posse, a vida já não está mais dentro do nosso alcance.
  
A vida está aninhada contra os braços deles, a vida está cada vez mais distante, secando as nossas veias, esfumaçando em frente dos nossos olhos sem que nem mesmo as percebamos, sem nem mesmo dizer adeus, a vida está nos deixando, e por fim amigo, não sobrará nada mais nada menos do que a escuridão total, e o maldito sentimento de remorso por não ter feito a coisa certa.

domingo, 11 de setembro de 2011

Identidade

Penumbras escureciam de um modo aterrorizante as silhuetas das casas, prédios e dos arranha-céus, em uma noite fria e seca. A lua em sua forma mais bela e magnifica brilhava no mais alto dos céus sem cor alguma, preenchidos por trilhares de formas minúsculas cintilantes.

Deixemos de admirar esta tediosa paisagem noturna e vamos ao que de fato nos interessa. Eu, neste momento estou deitado á cima de um dos mais altos arranha-céus da cidade, admirando as nuvens incolores e esperando por um momento, na verdade sempre estive esperando.
Desculpem-me se não me apresentei, e nem irei me apresentar, não possuo nem um nome nem uma identidade para tal, sou alguém que as pessoas não costumam chamar ou apontar, mas, normalmente quando o fazem, elas me chamam de estranho, ou de somente “você”, me conforto por ser desse jeito, e não necessito mudar. Serei eu até que digam o contrario.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Existência

- Porque me chamastes?
- Necessito falar contigo...
- Comigo?
- Exatamente...
- O que tenho de absurdo para que viesses de tão longe me procurar?
- Tens o conhecimento miserável.
- O conhecimento dizes?
- Exato...
- O conhecimento já o tens...
- Estou a procura de um que somente tu o possuis.
- Conseguistes me levar ao interesse... pois diga-me, o que me propões?
- Fazer-lhe uma simples pergunta.
- Prossiga...
- Qual a razão de nossa existência?
- Há há... Tens a absoluta certeza de que queres a resposta?
- Já perguntei-me inúmeras vezes sobre esta questão, e nunca tive o prazer de conseguir responde-la.
- A tua razão de existir é porque as nuvens algum dia bailam junto ás faixas alaranjadas da luz do sol. Ou talvez porque o oceano reflita as infinitas  cores de uma aurora,  ou o poder de um eclipse quando atravessa sutilmente os olhos animais. e até mesmo quando a chama dança se diluindo á cima de um carvão negro... A razão da sua existência se dá pelo fato de que apenas escolheste viver...
- Senhorita?
- Pois não?
- Porque dizes estes absurdos sem sentido algum?
- Estes absurdos são absurdos somente para aqueles absurdos.
- Isso vai além do lugar que a minha mente pode algum dia chegar...
- Então porque perguntastes-me?
- Me encontro curioso...
- Queres uma resposta mais simples?
- Com todo prazer.
- Viva  não buscando uma razão para tal, pois como foste-lhe tão bem concedido esta dádiva, aceite-a, e a complete sem absurdos questionamentos, pois, assim como eu, a razão é algo muito além de qualquer compreendimento.
- Com a sua licença...
- Sim...?
- me desculpe, mas eu ainda não entendo.

domingo, 14 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Irmãos em guerra.

"Eu costumava acreditar em muitas coisas, mas a guerra não apenas nos mata, as vezes ela mata as coisas que você acredita.

Eu costumava acreditar que podia confiar nas pessoas, em meu coração, em minha vida...
E agora, as coisas que acredito são as únicas que me mantém com vida, apenas mais um dia.

Eu acredito eu meus irmãos, que conhecerão a vitória;

Eu acredito em meus inimigos, que um dia irão conhecer o seu destino."

Brother in Arms 2

Cruz

Porque vocês cultuam tanto a cruz, se ela é apenas um símbolo de impobridade e loucura?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dualidade

Pedras aparecem em nossa estrada assim como flores florescem sob nossos pés.

Ela

Uma mochila em meu ombro direito;
Shorts jeans desbotados;
Uma camisa rosada até um pouco embaixo do umbigo.
Me sentia meio Incomodada.
Eu calçava um par de All Star malgastados;
Meus cabelos escuros batiam em minhas costas, e uma mecha vermelha se escondia dentre todos os outros fios escuros;

Uma estrada;
Andava por um caminho;
A mochila fazia um movimento de vai-e-vem contra meus quadris;

Minhas pernas falhavam;
 Os carros passavam e ao menos olhavam para mim;
Se não já tivesse desistido estaria pedindo carona até uma hora dessas;

Sim... estava perdida;
Tentando me reencontrar;
Pois o objetivo da perda é o encontro;

Meus passos pareciam que deixavam pegadas no asfalto;
Cada pisada largava fragmentos de uma personalidade;
Cada passo fluía em uma energia inefável;
O sol se pondo me fazia de uma silhueta;
E o laranja adornava o monótono azul do céu, que já estava escurecendo;
Os meus olhos encaravam agora uma paisagem;
Agora, mesmo como antes o meu cabelo desarrumado estava já fora do meu saber;

Vários telefones públicos tocam ao mesmo tempo;
Como se quisessem me desviar;
Me atrapalhar;
Me aliciar;

Vou para um deles, e o mesmo para de tocar;
Digito um número conhecido;
E bato-o com força no gancho depois de cinco toques;
Me viro e continuo a deixar pegadas;

Me encontrei meio a um engarrafamento;
Minhas pegadas marcavam um caminho desviando dos carros estabilizados;
A rua estava vazia;
As pegadas se intensificaram;
E Sumiram;

Os meus pés estavam dissolvendo junto ao ar;
Eu continuava caminhando;
Meus tornozelos começaram a transparecer;
E com o tempo foram sumindo, dando inicio a perna;
Gradualmente os shorts junto com a parte de baixo da camisa se foram;
Minha barriga foi subindo junto com ela;
Eu continuava andando, mesmo sem ver minhas pernas;
Mesmo parecendo uma locura;
Mesmo sem ver meus pés;
Meus braços começaram a ficar transparentes;
Meus braços sumiram;
E finalmente o meu rosto se desfaz, dando lugar a um borrão;
E junto a, já formada, noite;
Uma mochila Solitária se choca contra o asfalto.

Pois só se encontra quem se perde.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Neve

Neve...
Nome que nós seres humanos damos aos cristais de gelo.
Aqueles cristais que se despejam contra nosso rosto.
Como se fosse um suor frio.
A forma objetiva do medo.
A forma solida da tranquilidade.
Que transluce abstratamente.
Os Sonhos.
Pálidos.
Neve...
Nome que nós seres humanos damos aos cristais de gelo...
Sem ao menos imaginarmos, o que está por trás de tudo.
Sem ao menos imaginarmos o seu significado.
Seu próprio significado absoluto.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Caos

5:50

Pois bem... Iniciaremos o nosso relato nos apresentando a uma mulher, uma mulher comum, como qualquer, cabelos castanhos e ondulados, que batem um pouco abaixo dos ombros, pele clara, com algumas sardas e olhos escuros que deixam transparecer clareza e tranquilidade. Ela vestia um vestido empresarial cor de vinho nos demostrando superioridade, usava salto alto e caminhava por um corredor de cadeiras com uma maleta negra em mãos.
Chamavam ela de Helena. Que provavelmente era seu nome.
Só para constar: Ela estava dentro de um avião, que permanecia estacionado ao lado de fora do aeroporto, destinado a sair de salvador ás 5 horas e 55 minutos da manha e chegar á Madrid das 21 ás 23.
Aqueles assentos acolchoados, da primeira classe, repousavam listados em fileiras de dois em dois aos dois extremos do avião. Poucas pessoas estavam distraidamente sentadas naqueles assentos que na verdade assemelhavam-se mais com poltronas, ou até mesmo colchões dobradiços. A nossa protagonista, por agora, estava caminhando em busca do numero da poltrona que constava em sua passagem.
- Sessenta e quatro – Pronunciaram seus lábios em silêncio logo após dos seus olhos alcançarem aquele glorioso numero, bem encima daquela confortável poltrona.
- Senhoras e senhores, o voo será iniciado em cerca de cinco minutos, logo assim que for autorizado. – Uma voz metálica proveniente de caixas sonoras que estavam por todo lugar do pequeno meio de transporte – Por favor, sentem em seus assentos e coloquem os cintos de segurança.
Ela obedeceu.

Minha vida é um brilhante

Não é cara como um diamante, ou perfeita como um rubi. Ela tem sua beleza e não há preço para descreve - lá. Há dias em que as coisas não estão muito bem como uma tempestade de areia, mas há dias em que eu a encaro com a mesma intensidade de um tornado. Não sou puritana, e nem vivo de desejos. Não sou otimista nem pessimista, sou realista. Existem dias em que pareço ter forças inimagináveis, e há dias que simplesmente não consigo me levantar da cama de tanta tristeza. Bipolar? Não, minha vida está sempre oscilando e isso é bom porque só assim testo as minhas forças e minha capacidade. Minha vida não é comprada, mas sim vivida, exigida. Eu não quero ser qualquer uma na vida de ninguém, mas não deixo que o ego me domine. Sou do tipo que uso o canivete para desparafusar um objeto, não para ferir amigos, ou construir armas. Sou leve como o vento, forte como um tijolo, sensível como uma rosa, inconstante como uma tempestade, refrescante como a chuva e agradável como uma melodia. Mas só para aqueles que sabem enxergar a beleza em um deserto. Não desejo me tornar dona do mundo, nem ser a presidente. Eu apenas quero ser uma parte, mas uma parte com um significado não como um complemento. Eu sou como um livro lido pela metade. Sou como um perfume escolhido a dedo para ser comprado, ou como uma simples garrafa de refrigerante, se não agitar não explode. Eu sou eu, nada do que digo e mais do que penso.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Extinção

Assim como toda vida;
Assim como todas as espécies;
Assim como todo ciclo vital;
Seremos extintos. Nossa vida será consumida.

Pois somos animais como qualquer um;
Pois utilizamos do nosso instinto;
Pois sobrevivemos;
Nós seremos extintos. Pelas maiores forças do universo.

Quando há um ciclo se abrindo;
Quando há um ciclo se fechando;
Quando os corações secarem;
Nós seremos extintos. Pois a nossa vida não possui tamanha significância.

Pois enquanto houver luz, haverá penumbra;
Pois enquanto houver felicidade haverá tristeza;
Pois enquanto houver vida, haverá morte;
Definitivamente seremos extintos. E dela, da vida, será extraída a nossa força vital.

Até porque temos uma deficiência imensa;
Até porque nos assemelhamos a um câncer;
Até porque necessitamos de necessidades para sobreviver;

Até porque um dia seremos extintos. Juntos a imundice morreremos.

Sim... a extinção faz parte de nossa vida;
E consequentemente da nossa morte. Pois somos apenas seres humanos.

Apenas.

"Todo ciclo um dia irá terminar.
Porem o que sobrará de você nesse ciclo jamais irá se perder."


(créditos: Raphael Draccon)

sábado, 16 de julho de 2011

Um Sol.

Um Sol.

Uma nuvem.

Um barco.

Água.

Um mar.

Duas almas.

Aquele barco, se parecia mais com uma lancha, de um tamanho descomunal para a própria, um barco pequeno, um que não necessitasse de carteira para que pudesse ser monitorado. O branco reluzente, do barco, refletia as cores emanadas do sol, que manchava de sangue as nuvens virgens, as lançava com meio de um reflexo nas águas quase cristalinas do grandioso mar. O cheiro do salubre salitre apestava o espaço com um cheiro precário.

Cheiro.

Odor.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Corajosa

Em um mundo que não há perdão, eu prefiro acreditar na possibilidade de perfeição. Mas não a perfeição conhecida. Do mundo o qual eu falo a perfeição resume-se apenas em não errar. Sem erros, sem arrependimentos. Mas me responda: como não errar? Estamos diante de pessoas que pouco se importam com a verdade. E está difícil.
Mas existe algo dentro de cada ser humano. Algo que o faz levantar de toda a derrota. Sim existe.
Existe a vontade de viver. A vontade de querer superar o medo.
Existe a fé.

Algo considerado pequeno para alguns seres, mas é capaz de grandes feitos para pequenos seres.
A fé move montanhas.

E as montanhas são feitas de fé.

Eu nasci da fé.
Assim como você.

Caminhos

Era um dia qualquer. Em um lugar qualquer.
Folhas secas estavam à frente, traçando um caminho inesperado. Um caminho que nunca havia visto.
Sentei-me em um banco desgastado pelo tempo, mas que mesmo assim possuía uma beleza inegável.

Assim como as pessoas.

Sentei-me e apenas observei. Percebi nos detalhes coisas que nunca tinha observado. Tinha visto.
Mas não observado.
Vi a neve cair sobre meus cabelos, e traçar um caminho em minha pele. Senti o vento soprar forte, como se implorasse para ser compreendido.
Porque ouvir é uma coisa, e escutar é outra.
Observei o mesmo, arrastar as folhas para longe... E as folhas no mesmo impulso dançando sobre o ar. Senti a brisa das arvores, com suas danças sagradas.

Em um súbito impulso me joguei sobre a neve, senti as minúsculas partículas de gelo cair em meu rosto,
Mas eu não me importei.
Eu apenas senti.
E então fui submersa em pensamentos de valores semânticos inegáveis, insubstituíveis.

Será que estou evoluindo?

Percebi que os detalhes da natureza são iguais ao detalhes de qualquer pessoa. Quanto mais se vê mais se aprende, mais se maravilha mais se encanta mais se prende mais se descobre mais evolui.
E percebe que a cada passo dado, é um caminho novo, desconhecido, inesperado.

Mas sempre será um caminho de valores insubstituíveis.
Você pode passar por ele quantas vezes quiser, mas sempre terá uma visão diferente.

Porque o caminho não muda, mas o seu ponto de vista sim.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Insanidade

Enquanto todos os homens forem insanos, nenhum de nós será.
Estaremos acomodados com esta insanidade, e a definiremos como normal...
Definiremos como parte do fétido cotidiano de cada monótona alma.
Pois enquanto acreditarmos que a penumbra continua viva, mais ela continuará.
E enquanto mais a definirmos como normal, mais ela vai encrustar em nossas vidas, nos arrastado indefinidamente às mais profundezas do submundo.
Se o normal já está assim, como seria o anormal?

Pois inconfortavelmente eu lhe digo caro leitor... A mais pura natureza de nós seres humanos, é coberta pela mais simples insanidade.

A insanidade de não saber definir o insano.

O Vento

O vento que o torna mais salubre é o mesmo que realça o áspero;
E continua a ser o mesmo quando inocentemente leva seus longos fios de cabelos junto a ele;
Como se quisesse desunir o unido de um modo carismático.

O ar que você respira em movimento;
É o mesmo que você respira sem discernimento;
Aquele único em que as árvores se curvam lealmente.

O vento é aquele oprimido poderoso, em que junto a opressão oprime;
Pois o vento é capaz de criar energia;
E ao mesmo tempo nos acariciar como a fetos adorados.

Pois é o vento que move a vida à vive;
Pois é ele que nos afasta do calor provido do inferno;
E singelamente nos leva à serenidade da decência.

Pois é ele que nos cria como a Filhos.
E nos adora como a Pais.