segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Nobreza

Imaginem um garoto... Sim somente um garoto vestindo uma camisa escura, calças jeans desbotadas e um par de tênis... Agora coloquem nele um casaco, um casaco feito de um tecido grosso, tingido pela cor intermediaria do preto e do branco, um cinza escuro. Imaginem um capuz do mesmo casaco cobrindo a parte de cima do seu rosto. Alguns fios de cabelo estavam a mostra, e seus olhos claros só eram vistos por pessoas mais baixas que ele, pois apenas elas conseguiam olha-lo de baixo para cima, o capuz não conseguia cobrir essa parte.
bem... Agora junto a ele imaginem milhares de pessoas, andando de um lado para o outro, pessoas comuns, que não causará nenhuma interferência em nossa historia. Atrás dessas pessoas está estabelecida uma construção, onde preza a venda e compra de produtos comestíveis.

Pois enfim... Aquele garoto que vocês acabaram de imaginar, sou eu.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Fita Negra

- Ahhhr! – Gritava um homem, ele tinha prendido sua mão entre duas rochas, ele parecia desesperado, tentando inutilmente tirar a mão de lá, gritando por socorro, no meio de milhões de pedras enormes... não havia ninguém.
Mas sim... essa não é a minhas historia, eu estava muito distante dali. Permanecia deitado em uma rede azul, minhas pálpebras ameaçando se fechar, e aquele mesmo homem estava agora aparecendo em uma televisão, que rodava um filme. Um filme que eu não tinha conhecimento do nome.
- Eei?
Levantei com um pulo!
- Oi!
- Tava dormindo!
- Não não – Menti ainda atordoado. Ela riu.
- Minha mãe foi fazer pipoca pra gente.
- Pipoca... massa – Ainda estava tentando acordar.
Me levantei, sentando na rede e olhando para a televisão , onde o filme tinha parado.
- Já Já tenho que ir pra casa – disse eu.
- Ta ficando tarde né?
- São 10 prás 6 já!
- Já!?
- Uhum – assenti. Por fim, depois de muito esforço consegui levantar da rede, me joguei no chão ao seu lado e fiz com que os meu dedos se entrelaçarem nos dela. Ela sorriu.
- Ah! – disse ela como se tivesse se lembrado de algo – Tenho uma coisa pra você.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Contraposto



As vezes a vida te embosca contrapondo-o.


A pior das emboscadas.


Sono

Não sabia, minha mente estava um tanto embaralhada. E isso é normal ás quatro horas da manha., quando você acorda de bruços, jogado em cima de algumas flores no meu quintal. Meus olhos piscaram procurando luz, porém ela não escutava minhas suplicas.
Me levantei, levando metade das pequenas folhas comigo, passando um olho ao redor.
Já era a terceira vez que isso acontecia, e as minhas suspeitas não tinham cura.
Tinha medo de machucara alguém.
- Maldito sonambulismo – Disse sem produzir som algum.
Começando a cambalear, uma tentativa em vão de andar, encontrei uma pequena saliência aos meus pés, provavelmente em frente das portas de minha casa.
Me abaixei tocando o que tinha topado.
Fui passando a mão pelo seu corpo, até chegar em sei rosto, e reconhecendo-o somente através do tato, percebi que era uma mulher, porém não respirava.
- Um sonho – Pensei alto - Tem que ser - Minha voz soava desesperada.
Me levantei novamente, e me dispus a entrar em casa.
- Bianca! – Gritei ao entrar.
- Bianca...! – Novamente esperando por uma resposta.
Já estava subindo as escadas em direção ao nosso quarto.
Parei.
Olhei para as minhas mãos e um liquido vermelho e viscoso, porém já seco repousava de um jeito aterrador em minhas mãos.
- Bianca? – Perguntei já desistindo.

E dessa vez, como todas as outras foi o silencio do qual me respondeu.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Seguindo um Anjo

Até o mais puro ser possuí o grau mais elevado de impureza.
Até mesmo os Anjos podem cair.
Como Fadas caídas.

Se até os Anjos caem, porque nós não podemos?
Digo.. porque quando caímos somos julgados?
Porque temos o dever de seguir tudo de acordo com o que dizem?
Porque diferenciamos o bem do mal? Se é tudo uma mesma coisa?


Tudo um mesmo maldito sentimento, do qual devemos pousar, do qual devemos escolher.

Assim como os Anjos e as Fadas, porque não podemos escolher quando cair?

Porque cada vez que nos tornamos maiores desejamos mais.
Somos ingratos com o que nos é regalado.

Porque?

Porque somos Homens.
Porque somos mulheres.
Porque somos imperfeitos, assim como os Anjos e Fadas.


E porque eles estão em itálico?


Porque são menos escoria que nós Homens.
A imperfeição reina em cada um, mesmo sendo Anjo, mesmo sendo Fada, e até mesmo sendo Os Deuses.

Se até os Deuses são imperfeitos, o que seria perfeito?

Perfeito seria aquele nosso objetivo do qual jamais lograremos cumprir.
Apenas.

Mas... assim como os Anjos e as Fadas, porque não podemos escolher quando cair? ou quando levantar?


Podemos.
Porém a dor de cair é tamanha, que preferimos culpar outros.
E a dor de levantar é tamanha que preferimos que outros nos levantem.

E os Anjos e as Fadas, não fazem isso?


Como já disse, eles são menos escoria que nós.

E porque Deus é imperfeito?


Porque nós fomos um erro.

A vida não é um conto de fadas, nem uma estória de Anjos.