terça-feira, 29 de maio de 2012

Quem sou eu?

- QUEM É VOCÊ? - Perguntei.
- Eu não sei - Respondi.
- Talvez uma cópia diaria? - Perguntei.
- Cópia? - Perguntei novamente.
- Você é apenas um imbecil - Respondi.
- Não - Gritei.
- Você acabou de me dizer que não sabe quem és - Afirmei.
- Não sou um imbecil! - Exclamei.
- Então quem você é? -Perguntei.
- EU NÃO SEI - Gritei novamente.
- Você não pode afirmar o que você não é, se você ao menos sabe o que você é - Disse.
- Mas... - Indalguei.
- Ao chegar ao ponto de você não saber quem você é, significa que você pode ser tudo - continuei.
- Mas eu sou só uma pessoa... - Me confundi.
- Uma pessoa pode ser muitas coisas - Informei.
- Mas Eu não sou essas coisas que você diz...
- inútil...
- Não sou inútil!
- ENTÃO QUEM...
- EU...
- VOCÊ...
- SOU...
- É?
- VOCÊ!

- É... Talvez você não seja mesmo...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Momentos.

Você não sente saudades de pessoas, mas sim de momentos.

Você pode ter esses mesmos momentos com outras pessoas se você quiser.

Porém eles podem não ser tão únicos quanto foram.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Loucos reis.


Na época que Reis poderiam ser loucos;
E loucos poderiam ser Reis;
O vento começou, cruelmente, a soprar;
A terra permaneceu, lealmente fria.

Chegou o tempo de fazer as coisas certas;
Chegou o tempo de mudar essas coisas certas;
Temos que matar para sobreviver;
Assim como Loucos reis fariam.

Aponte para uma mariposa;
E diga a ela tudo o que você quer dizer;
Não a mate, apenas espere uma resposta;
Assim como Loucos reis diriam.

Grite com a sua janela;
Por ela não lhe mostrar, todos os dias,  o que você quer ver;
Ela irá te mostrar o verdadeiro dia, prosseguida da mesma verdadeira noite;
Assim como Loucos reis veriam.

Mas porque dizes Loucos reis e não Reis loucos?
Porque nem todos os Reis são loucos, mas todos os loucos definitivamente são reis;
Talvez de reinos;
De seus próprios reinos.

Assim como você.

Assim como eu.

domingo, 20 de maio de 2012

Monstros

(Se possível escute a melodia que está no final do post enquanto lê o conto, obrigado).

Você já correu para a cama de seus pais desesperado? Em uma noite que você realmente não conseguia dormir? Quando você tinha uns seis a sete anos, mais ou menos?

Você morria de medo de seres sobrenaturais, como por exemplo monstros?
Exato, aqueles mesmos monstros, que hoje, você nega com veemência a existência.
Você ainda acredita em monstros?
Parece uma pergunta um tanto quanto infantil, mas responda, pra você mesmo, com a maior sinceridade do mundo.

Você acredita neles?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Uma simples partida de tênis.

Eles estavam assistindo um jogo de tênis.
O garoto gritava e ria comemorando.
E a garota o acompanhava em uma mesma intensidade.

Sentados em um banco longo perto do campo.
A felicidade contagiava aqueles dois.
Na verdade contagiava a todos, tanto os expectadores quanto os jogadores.

Outro set começou.
Eles começaram bem, A bola era rebatida ritmicamente por ambos adversários.
Até que um deles bateu forte demais.
O segundo saltou ao lado, para tentar rebate-la... E conseguiu.
Mas perdeu o controle da bola.
Ela estava indo a uma velocidade incrível para o rosto da garota, que permanecia sentada naquele banco largo.
O garoto não viu.
Ninguém viu.

Ela caiu do banco.
Ele se assustou.

Um dos jogadores veio até ela correndo e pedindo desculpas.
Eles se abaixam ao redor dela.
Uma hematoma imensa tinha ficado em seu rosto, e outra mais abaixo em seu tornozelo, efeito da queda inesperada.
- Você precisa ir pra enfermaria logo - Diz o jogador esticando o braço para ajuda-la a levantar.
O garoto se interpõe na frente, quase por reflexo.
O jogador se assusta.
A garota se assusta

Um pequeno silêncio se forma.

- Vamos pra enfermaria - Disse o garoto levantando-a, e carregando-a quando percebeu que ela mal conseguia andar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Se não souber o que fazer, apenas dê um adeus para sua vida.

Uma casa...

Um homem vestido de branco, com uma espada empunhada...

Outro vestido de negro... Sorrindo.

Eles se entreolhavam.

Curiosos, estavam apenas parados, pensando em um próximo movimento.
Algo que possam fazer para mudar o ritmo do jogo.
Algo drástico, para que a vitoria se agarrasse em suas veias.
Mas eles não conseguiam.
Simplesmente não conseguiam pensar em nada.
A pior parte de lutar, quando você olha pro seu oponente, e só sabe que se não fizer nada acabará morrendo. E se errar correrá pelo mesmo destino.

O vestido de branco, estava tremendo.

O de negro apenas escondia o seu desespero em um mero sorriso.

Um fardo enorme era carregado por esse enfrento, mudaria vidas.
Uma escolha era para ser feita.
Com uma urgência significante.

O de vestimentas negras deu um passo a frente e desembainhou sua espada.
O de branco recuou hesitante.

Parece que já tinham feito suas escolhas, e decidido seus destinos.

Mais passos foram dados, até que os dois se encontravam a apenas alguns poucos metros de distância.
Aquele sorriso dava arrepios no de branco.
Aquele medo dava forças ao de negro.

Com um grito o de branco se lançou verticalmente sobre aquele sorriso.
O de negro levantou a espada em horizontal.

As lâminas se beijaram pela primeira vez.

Foi o primeiro de muitos.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Uma briga interna, de uma única pessoa.

- Precisamos continuar com isso para sempre?
- Não!
- Então porque estamos nos sentindo assim?
- Porque somos fracos.
- Fracos?
- Somos de uma especie fraca, sentimental...
- O grau sentimento não define a fraqueza de ninguém.
- Ah sim.. Define de um modo indescritível... Quando nos tornamos sentimentais, ficamos dispostos a ajudar os outros, mesmo se isso nos fizer matar e morrer, estamos dispostos a fazer de tudo por alguém, mesmo sabendo que um dia isso vai nos entristecer, e talvez nos fazer desabar. Quando nos tornamos sentimentais somos consumidos pela aflição de vê-los felizes, até a aqueles que não merecem a felicidade. De ver brilhar até os mais considerados lixo... Ficamos cegos irmão... Cegos ao ponto de que nada conseguirá nos fazer enxergar novamente.

sábado, 12 de maio de 2012

A Garota.

- Velho eu preciso ir indo. - Avisou Depor, um amigo meu, ao pedirmos outra bebida.
- Que horas são? - Perguntou Adelnor, outro amigo.
- Sete horas. - Respondeu ele - Preciso chegar em casa no máximo sete e meia.
- Porque?
- Preciso resolver algumas coisas lá.
- Então descemos junto. - Disse eu levantando-me.
- Certo. - Assentiu Ad.

Nos levantamos de uma antiga mesa de plástico enquanto a musica, extremamente alta, fazia todas aquelas pessoas dançarem, de jeitos totalmente diferentes e rítmicos, algumas bêbadas, outras não. Neste momento não importa, não quero falar-lhe delas, não delas.
- Lorane! - Gritou Depor - Vamos?
- Vou ficar aqui mais um pouquinho - Respondeu ela enquanto dançava.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Nostalgia.

De qualquer jeito, eles acabam te esquecendo mesmo;
Não possuem mais espaço nas lembranças;
Nas pessoas não há reserva para pessoas, por mais belo ato que haja feito;
É um reflexo do instinto, esquecer pessoas, sem importar quem seja.

O único que lembramos são momentos.
Aqueles momentos únicos são de fato aprisionados em nossa memória;
E disso não há realmente como fugir;
Os momentos estão acorrentados a você, independente de se você gostar deles ou não;
Eles estarão lá, atormentando o seu tempo de solidão;
Esmagando o seu ponto fraco;
Até que você, algum dia, permitirá elas fluírem;
Uma dia você irá;
E quando o fizer, elas não descansarão;
Elas continuarão vindo sem piedade alguma, arrastando qualquer lembrança que existente, cada detalhe maldito que possa te levar para um mundo onde não é seu.

E você sentirá "Saudades", sim... você irá ficar saudoso por esses momentos;
Quererá eles de volta, mesmo sabendo que pode ser uma impossibilidade absoluta.
Você irá chorar, ah sim irá...
Irá se entristecer, e não será pouco.
Esses momentos nostálgicos...

No final, você estará com tudo guardado, e junto a nostalgia tudo será compactado em um canto escuro de sua memória, quando o fizer, terá um pequeno espaço para guardar alguém.
Uma minima brecha apodrecerá sob os momentos arquivados.
E nessa brecha se acomodará alguém.
Sim... Esse alguém desse momento.

Esse alguém Nostálgico...

Ah sim... Irá...



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Saturadas.

Pois ainda enquanto as ruas continuam laranjas pelos postes amarelados de luz, eu continuo persistindo, talvez com os mesmos passos, com as mesmas ideias, porém continuo lá...
Sorrindo.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Divertidas e felizes


"-  Você gosta desta escola? Eu realmente, realmente a amo, mas nada permanece sem mudar... Momentos felizes... Coisas divertidas. Não há a possibilidade de que tudo tenha permanecido como era antes, mesmo assim você continua amando esse lugar? - Disse ela para seu eu interior.

- Apenas encontre-as...  - Ela se assustou - Apenas encontre novas coisas divertidas e felizes - Respondeu ele, sem ela ao menos perceber a sua presença."



                                                                                                                                                         -Clannad

terça-feira, 1 de maio de 2012

Lembranças

"Não me lembro muito bem dessa parte, mas se eu não me engano eu estava quase explodindo. Tantas coisas passaram pela mente, foram tantas diferentes, mas... nenhuma delas se pareceu ao menos um pouco com o arrependimento. Estava feliz .
O mundo voltou a funcionar.
E as suas cordas vocais se movimentaram criando palavras.

Palavras que eu jamais esquecerei.

Palavras frias, mas aconchegantes ao mesmo tempo.

Palavras...

E Então o meu Sonho começou.

Estou dormindo. E Eu Prometo que quando eu  acordar, Se acordar, Jamais esquecerei nenhuma misera letra.

Já acordei...


E não esqueci."